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YUMI

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                                                                                         (1966-2016) O AMOR O amor é a alegria de Deus Todo o universo vibra Com a cósmica euforia Do seu acontecimento. Dos corações Mágicos cristais Partem seus desígnios Como pétalas de flores Que se espalham ao vento.   Porque te amo Porque me amas Nossas almas unidas É sagrada melodia Na eternidade do tempo.                                                  
INSTANTE          A vida semelha um galope ligeiro; uma espécie de cavalgada onde a poeira e as paisagens vão se conformando em nós; e aos poucos penetrando e saindo de nossa alma desavisada. E, no mais das vezes, não nos damos conta do mundo infinitesimal que nessa trajetória lentamente se evolve. Nossas lembranças, querelas tão tênues, vão se formando nesse nosso universo vivencial feito de paixões fragmentadas, de anseios bem ou mal formados, de sonhos partidos e realizados.       Cedo ou tarde aprendemos que é o cotidiano e suas faíscas envolventes tudo que temos; nele nosso universo cultural, desavisadamente, nos forma como seres pensantes. Nossa língua, como há muito já foi dito pelo poeta, torna-se nossa pátria, nossos hábitos tornam-se o arrimo que seguidamente nos constroem como seres livres e soltos no mundo.        Nessa trajetória fragmentada pouco se ganha e talvez muito se perca; porque na maioria das vezes queremos viver o tempo à frente, aquele que idealiza
PAISAGEM Só no poema dos poetas a paisagem re-pousa tranquila (ali ela não se sente indigna). Foi onde encontrou abrigo depois de tantas agressões ao seu sagrado simbolismo. Só ali ela pôde  depois do advento do homem seguir cumprindo seu misterioso desígnio:  consigo mesma deleitar-se!                                                                                                                           

Sem lugar o caminho

Todo caminho na verdade é sem volta!  Assim como todo ato propicia um novo fato: No tempoespaço o outro e o eu são só partes do constante devir do universo. Depois que alguém, ou algo, parte de um ponto, lugar ou circunstância uma nova cadeia de eventos ali se instala e uma outra tem início. Quando retornamos pra um lugar de partida, sempre o encontramos transformado. Para onde fomos também aquele lugar transformamos.  Movimento, chegada e partida são eventos eternos e não importa a escala. O universo vive dessa alquimia que se chama transformação e transfiguração. Mesmo o que não muda se transforma. Mesmo o estático é um forma sutil de movimento. O movimento não tem necessidade do que se chamaria melhor ou pior. Ele só é entidade demiurga! O novo é velho, o velho é novo. O tempo histórico é uma ilusão escalar.  É o eterno retorno entre nós do que se convencionou chamar cultura .     Tudo é e somos somente aparições.