Oco


Não sei onde andam os sentimentos

Que qualquer poema desperta.

 

Nem mesmo aonde deixei os manuscritos

Com àqueles experimentos; lexemas, palavras, parvoíces...

 

Sou agora meio uma gramema

Não é uma doença, eu imagino.

 

Mas um tipo de gangrena

Que o muco e as cores muda

Assim com a noite ou o dia.

 

Mesmo porque também largo do pesar

De morrer pra assim escrever.

 

Não sei, ora bolas, então onde andam

Esses tais amores, paixões, desejos, luxúrias...

 

Nem sequer mais sei se eles antecedem, precedem

À poesia. Ou rebentam juntos; sei lá, depois.

 

Concomitantemente; incoexistentemente...

 

Sei que a cada instante de vida

Que me sorve, certo reviramento constante

Inconstante remuda.

 

 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog